quarta-feira, junho 09, 2004

feitiço

será que o sapo se olhou no espelho pela manhã de quarta-feira? nada de espelho, ele já perdeu o rumo do castelo. e quem disse que um dia ele de lá pertenceu? deve ter seguido qualquer brejo de costume. antes somente vestia um chapéu com espada para ludribriar encantos de certeza. deu um trago no cigarro e explodiu no que antevi sobre mim mesma. ai, se não me pertencesse o antídoto, cairia novamente no conto de fadas mal contado.

segunda-feira, junho 07, 2004

juízo perfeito

os gritos serviram como estopim, alguém deve te-los escutado, e ainda respondeu-me com convicção. que ainda fazes aí? estás na beira da explosão! ou só não passou de uma voz imaginária. pois depois nada escutei, seria uma bomba de faz-de-conta? não dei passo algum, nem à frente nem para trás. talvez a pulsação era demasiada latente que nem percebi ser um coração.