sexta-feira, janeiro 29, 2010

ludíbrio

quanta besteira a lua me fala, despudoradamente, ao pé do ouvido, que sou princesa sua, com a boca velada num selo, sêco o beijo; promessa de que toda sou, plena feito ela, feito as musas de cera, de mel e pólen e carne; ouvi dizer que arrancaria meu coração e o comprometeria à tempestade, de ferro e infrequentável, o vento sem medida; não sou fogo nem água, não falo nem penso. sou o silêncio desse vento só.