segunda-feira, setembro 06, 2004

pensamentos de outrora que bateram-me à porta

é como numa varanda, estar vendo as pessoas passando tão ansiosas quanto eu por uma boa nova. na calçada molhada, as luzes se refletem por onde essas pessoas pisam apressadas e andam encolhidas ao som de buzinas e ao clima de 13 graus. umas levam o guarda-chuva fechado, outras nem sequer pensaram nisso ao sair de casa, mas quem sou eu para adivinhar qual foi o plano de cada um... eu não. pelo menos a chuva se retirou, prendeu num rabo de cavalo seus pesados cabelos d'água. e permaneço sentada numa mesa de bar na calçada só observando, nem querendo ser notada, mas será que alguma delas saberá que eu existo? elas não tiram os olhos do chão e quando muito reparam o relógio. o tempo passou rápido para quem não quis esperar. eu ainda espero. única diferença.