quinta-feira, julho 31, 2008

domingo, 13 de julho de 2003

ai se Deus existisse...
daria ao tolos um sensato castigo!

salve a Mãe que tudo pariu!
que Ela ainda esteja no meio de nós...

quarta-feira, julho 30, 2008

sábado, 05 de julho de 2003

um disco tocando na vitrola me lembra as tardes de julho de outrora, o vento correndo pelo quintal e aquele grito frio vindo pela janela... foram os anos que se formaram numa década, em duas, três, e que sem se perceber levaram alguns e trouxeram outros tantos... as ruas e as casas se assemelham ao tempo... a maneira como essas cousas vivem é de um movimento peculiar. o tempo desgasta, invisível aos olhos, diferença que só grita ao espelho ou às fotografias em preto e branco, nas texturas e nos conceitos obsoletos...

ainda penso se existimos para lidar com as lembranças das tardes frias de julho com esta nostalgia impreterível.

nada além do meu desejo anti-horário...

sexta-feira, julho 11, 2008

terça-feira, 17 de junho de 2003

não tenho a mínima idéia para quem escrevo. exagero. talvez haja uma vaga suspeita. para mim, sempre... porém já ultrapassei o diálogo só, já percorri o sentido da expressão, já escrevo o que não sinto mais. não é mesma a coisa. alguém entende: agora a mão é leve, logo tudo pesa em dobro? quem me acha na contradição? alguém me acha, sempre me encontra... que irônico o fato de não poder falar com o mundo pela voz. fazer uma cena verossímil. necessito de que os personagens retornem à vida, vestidos de alma e posição. detesto esperar pelos outros. minhas mãos não agüentam as palavras por muito tempo, elas têm que se abrir, sair, mover algo menos pesado do que estas que discorro sob músicas que latejam o que nenhuma criatura entende...

quinta-feira, julho 10, 2008

sexta-feira, 13 de junho de 2003

esta noite envolve a lua, que cheia faz-me pensar azul, claro feito água, é a nudez da minha alma diante do mar de secretos ensejos... palavras mágicas são lidas sobre um papel que vem de longe, e sob esta lua, que cheia, faz-me pensar perto... este dia envolveu a essência e a poesia, sentimentos que passam por aqui às vezes e voltam ao lugar onde respiro, mas não vejo. não importa. eles existem, constam na música, meu ouvido que escuta o som do ar, da vida em evidência. esta noite envolve uma certeza.

quarta-feira, julho 09, 2008

domingo, 08 de junho de 2003

que desmantelo foi o seu grito neste dia de nuvens sufocantes! sabia que era desnecessário e, no entanto, soltou-o aos plenos olhos vigilantes do mundo sem fim nem piedade; irritou-se com as palavras azuis e trancou-as em seu quadro negro. as cores novamente... é porque são elas que nos sentem . qual a cor deste grito? ele indignado hesitava em sair, mas era de praxe que o seu egoísmo tenha prevalecido à boa vontade...

o silêncio, por vezes, é mais atento.

cuido das minhas palavras e a reciprocidade é bem vinda nestes dias de nuvens sufocantes.

por gentileza...