sexta-feira, abril 08, 2005

enarmônicos por assim soar

entre uma quimera e outra nos preenchemos mutuamente
e deste invés de real nos acalentamos por silenciosas induções
cada um com seus assertos eternos e efêmeros
até que se conjuguem outros dias de amar.

sexta-feira, abril 01, 2005

de mosaico em mosaico...

eu já pensava que apenas fosse por acaso que se pescasse distraidamente o trajeto de outro acaso, que, no entanto com a igual e despretensiosa intenção se encontrasse aguardando. e o que me dita diante o inesperado-compartilhado é tão intrínseco quanto alheio. como duas intenções distantes avistassem o semelhante, tal qual, não diverso horizonte no instante exato, e por qualquer outra razão, sofressem do mesmo itinerário dos quais caminhos lhes proporcionassem. fazendo parte de uma misteriosa combinação que não me convém querer analisar, tão possuidora de ambigüidade e nebulosa lógica.
é tolice minha prestar os dias ao destino se o próprio se lança com uma atenção peculiar, visando com os olhos quietos à vontade da sorte. e que se vai se desdobrando em tantos acenos imprevistos. e que em imprecisão toca os rumos sem escreve-los. desde que os vivendo, harmonizando contrates ou desconcentrando eventos compatíveis.
meus sentidos têm de ficar atentos, pois as superfícies oscilam conforme a qualidade do tempo e os canais sinalizam entradas e bandeiras desde o umbral de cada passagem.