domingo, agosto 31, 2008

um aceno de quem fica

visitei minha morada. estava intacta pelos furtos da prole, diferente perspectiva tinha o cenário de minha vida. eu, ainda vestida do sono, parecia não ser a mesma pessoa que ali adormecera. das luzes amarelas restavam o perfume das angélicas e o devaneio de uma santa. acordara num improviso de lembrança, para resgatar o laço da missão, não fizera outra coisa que sonhar com ela. não esqueço das velas que choraram durante a viagem, dos passos que me acompanharam e dos ramalhetes que me presentearam até que enfim.

domingo, agosto 24, 2008

poema de desintenção

à fronteira de horas
eu, sensação de maçã
coincido com a invasão de amanhã
jugulada numa trança de auroras

terça-feira, agosto 05, 2008

domingo, 03 de agosto de 2003

que desejo de domingo expectorante para aliviar as expectativas dos dias de simulada libertação. talvez eu precise soltar os cabelos, tirar os sapatos e cantar uma música que fale alto aos ouvidos desatenciosos deste rumo em que vou me atualizando. basta de pensar suposições, os acontecimentos vêm, assim, inesperados, e nada adianta esperar por aqueles anseios sem nexo, a verdade é transitória, nada será como está agora... enfim, chegara o mês para os cachorros invadirem nosso cotidiano aos gritos e ventanias. cuidaremos por não enlouquecermos também.