segunda-feira, junho 16, 2008

quinta-feira, 05 de junho de 2003

contudo, algum dia ainda darei gargalhadas desta passagem ao lembrar. não mais precisarei debruçar o pensamento sobre mim para proteger-me dos atropelos. nem o inventarei para aceitá-los. é de um cansaço construtivo que reclamo agora, embora este se faça necessário para os dias de lucidez que retomo com clareza. ou os tenho com clareza daqui em diante. ou tenham eles me tomado para a continuação da clareza enfim. por hoje resta a paciência, uma prudente ansiedade que se entrelaça aos meus sentidos, desaforados e imprecisos.

uma xícara de chá para acalmar os ruidosos dias de trabalho, por obséquio...

quinta-feira, junho 12, 2008

diálogo entre musos

embeba-me a calma
inculta-me a noite
necessária aziaga de sonhos
doces que deflorem
se a gente acorda,
que durma o amor ao lado
flutuante em vigília, alado

- a minha carne parece, às vezes, fibras de metais...
- feita de metades?

(flor e pessôa)

segunda-feira, junho 09, 2008

quarta-feira, 04 de junho de 2003

qualquer frase... queria dizer o que ando pensando, mas você já deve saber. nesta noite tudo soa menos doloroso. vejo verde, sinto lilás. o coração pode ainda estar sangrando e a cabeça compondo miséria, mas você já deve entender que nada disso será em vão... seja qual for a intenção do tempo, valeu a pena dizer qualquer frase que me remetesse a você. seja ela de qualquer cor...

segunda-feira, junho 02, 2008

domingo, 01 de junho de 2003

caminho lento e profundo em busca da minha própria cabeça. tento dar um basta aos vícios que me devoram e me tiram do real objetivo... qual! aquele de viver mais de cem anos de lucidez e paixão... mas por um instante vi que nada seria verdadeiro se eu não cresse na jornada que me cobra sobriedade e razão. disse-me você, hoje, que talvez (talvez, palavra minha inserida no discurso seu) eu fosse a única pessoa lógica do mundo. talvez você acredite nisso por não conhecer o meu. em verdade, não existe sequer uma lógica neste lugar. talvez eu tenha uma certa matemática instintiva que me mantém viva... talvez eu viva os anos que não sei como contar.