domingo, fevereiro 28, 2010

pois que minha fonte concede

água que transborda crua

e leve inteireza de

prestar plena às longas

vias que parto

um sorriso raro em cada

manhã

pois que as programo infantis

eu, mulher de cera

depois das velas esboçadas em

âmbar

não pereço às luzes, nem me

desfaço à sorte

sinto em nada a perda que

faísca

corro os dedos a deitar à sombra

pois que minha pressa

não tem tempo

como a pedra de gelo no oceano

calado como minha ânsia

de faz de conta terminando

a página de um caderno

que sempre terá um espaço em

branco.

28/02/2009

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