sábado, outubro 23, 2010

le premiere bonheur de ma vie

no sonho, minha amiga e eu estávamos numa cidade labiríntica, diante de um longuíssimo mausoléu, talvez o cemitério mais antigo e maior do mundo, da história. espécie de egito na américa latina, méxico, machu pichu. mas outro lugar. a grécia. viagem do nosso imaginário. era noite. em casas simples e flores nos seus terraços. eu menstruava. em outra ocasião. alguém falava enquanto dormia, suspirava, murmurava o que não pode ser lembrado depois. na língua do imaginário. mas não me atenho ao sono alheio enquanto o meu ressoa bravo e patente. porque ele estava lá, le premiere bonheur de ma vie. no sonho. pedindo para que eu lhe dê uma forma. mas me recordo somente dos olhos dele virados para os meus. num sorriso de bom dia, princesa e suco de laranja. descubro, acordada, que o sonho é mais antigo que a cidade. e que o labirinto é o tempo. escorre para baixo o bendito tempo e ele diz que não habito mais o meu corpo, pois aquele já é outro.