quinta-feira, junho 30, 2011

errância

há uma incógnita tatuada no braço do professor, ele diz que a transcendência é o que não é imanência, deus com letra minúscula não é isento de destino.

quarta-feira, junho 08, 2011

qual o cheiro da maniçoba?

há um coração tatuado na bochecha da professora, ela evidencia que o céu é o que não é terra, inspira o casulo e expira seu hálito de borboleta.

terça-feira, junho 07, 2011

oito minutos

tempo suficiente para refazer todo o trajeto que me trouxe até plutão.

domingo, junho 05, 2011

práticas da insônia: no espelho

no caminho ela mais enxergava a cidade pelos espelhos d'água no chão. pisava-o com o muito cuidado de ovos para que a tempestade não a alcançasse pelos pés. era tanta chuva que o dia se fazia mais curto e a madrugada se alimentava com as xícaras de café preto e os livros abertos sobre uma espera de acordar os mortos; naquela sala ela mais enxergava a história pelos espelhos da parede, quando encontrava a sua imagem sentada na poltrona, procurando o lugar e o tempo nos quais se perdeu, e tinha a certeza de que estava lá, do contrário, pensava ser ficção o que fazia com as mãos, e mesmo que visse o movimento que compunha do corpo, o que ela mais esperava enxergar era a sua expressão, por exemplo, ao descascar uma cebola ou matar uma barata. o sentir era tão subjetivo que ela poderia se enganar completamente, mas jamais a espontaneidade lhe furtaria a razão. ao lado dela à poltrona estavam os pais pendurados na parede, um retrato sépia de casamento ao avesso. de perto eram só um homem e uma mulher, de longe formavam com ela uma família, através do espelho. havia coisas que ela entendia melhor mantendo distância, estando alheia, incluída.

sábado, junho 04, 2011

o que zeus separa, o amor repara..

quarta-feira, junho 01, 2011

vEROSsímil