quinta-feira, agosto 04, 2005

menos a lua

chove tantas coisas que só servem para guardar
quem nunca ventou assim
o espaço entre as frentes
é colocado de lado na noite vazia
uma vez a mulher me disse
há de esquecer o que for enterrado
eu ouvi
embaixo de si não se julga por inteiro
é quase um objeto quebrado
essa música de todas as vozes
esse poder de estátua
fonte das coloridas águas desnecessárias
dão sorte quando chove outras coisas
e é esparramado o que não é esperado
quem disse sobre o nunca
pode sentar-se e aguardar.

já os cabelos crescem ao contrário
desde que voltamos no tempo.

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