
ainda é tempo de me derramar na preguiça dos teus quadros, semivertebrados, confiados à penumbra e ao tato de uma seresta incolor... fiz de mim uma aquarela de chuva e no mais, esqueço o verbo e a predileção, encantamentos que me rastreiam em sonho de ordem... e na desordem das águas, me desfaço em traço estendida numa câmara escura sob o olhar de quem me espreita uma janela imóvel, dissolvida no tempo e na razão, mas quando me perpetuas, encontro no vão do sempre algo inominável, de sutil substância que convém aos mortais, e nessa inverossimilhança me pontuo ser de vigília constante e breve em terra além, e nada mais perdura como o intento de uma paisagem escorregadia, me desenhas uma musa de fato, me fias ao outro lado do espelho