terça-feira, setembro 01, 2009

abstinência

é tanta madrugada
fantasmagoria cúmplice
pelo crime da ira
os olhos abertos, os sonhos em falta
esperando florir em setembro
o não que cabe a todos
mas o vício não se despede
por que o hábito ainda me veste?

rezo por haver outra possibilidade
os milagres são qualquer coisa da fé
que cega não corta nem o pedaço de pão
o ar que não passa, não faz diferença

as horas me balbuciam, sou algum instrumento de corda
tic tac em silêncio, um eterno agora,
uma agonia manifesta...

é uma espera blasè...

talvez já tenha passado mil anos
e eu reparado que o inferno só é lembrado
quando é tarde demais para se dizer noite
ou muito cedo para ser um bom dia...

2 comentários:

Victor Pessôa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Victor Pessôa disse...

quase sempre essa extrema falta de vírgula!...
exatidão atabalhoada dentro,
as palavras me faltam, , , , ,
,
,
espero qualquer setembro
,
,,
,
um dia eu consigo falar,
além das pausas, é claro.