terça-feira, outubro 29, 2013
quarta-feira, outubro 09, 2013
AVE ARCANAS @chacomcamofas
AVE ARCANAS @chacomcamofas from floratomo on Vimeo.
da louca ao mundo, a mulher é movimento no infinito fecundodomingo, outubro 06, 2013
i(a)ncest(r)o
Beralda Valentina e Máximo Salvador teriam sido meus avós,
filhos de pais divorciados e netos de curupiras estrangeiros, seriam esses seus
nomes se eu tivesse filhos, teriam fundado uma cidade de começo, meio e fim, e
ao partirem levariam consigo o nome e as histórias para
contar, de perder a cabeça e pernoitar ao jantar, do tempo levariam um pedaço atento,
arte se come com veneno
que não mata, é sustentoarte se come com veneno
quinta-feira, outubro 03, 2013
quarta-feira, outubro 02, 2013
il faut se taire
c'est la moitié de mon coeur,
quero te dizer coisas sem nexo, the weather is fine, essa canção foi feita por
mim, como se diz eu te amo em português? e sim, sou um simulacro imperscrutável,
cruzo a rua pra não te tocar, quantos vãos ainda posso permitir? até que me canse,
indefesa, e arraste os tantos vãos para alguém. mas esse alguém, já em vão, não
me dá vontade de dizer as coisas de
poesia que ninguém presta atenção, como você. nem tem esses olhos verdes que veem
passando tudo de mim como um gesto de trem, na velocidade de como fugimos das
bombas, correndo para o alcance de onde nada mais te ameace. mas mesmo assim,
quero te contar coisas ao avesso, de como não sou, de como eu não como. como um
gomo de laranja que você chupa não me faz cócegas quando respinga. como a minha
libido não se atenta às árvores pela rua. como me declaro para alguém porque
não sei o que dizer da metade do coração que se foi no trem, o estribilho que
me separa quando amo ninguém. e confundo a porra toda! deixo a porta aberta pra
me contradizer enquanto espero. porque digo muito, e sinto muito por ser essa
nebulosa. nem o cigarro acerta a minha boca, mesmo que a minha boca acerte a
palavra cigarro. il faut se taire, porquanto o labirinto se meça com a linha, milha
por milha e não perco a hora. e a razão, que os remédios são caros e o estado
não paga a minha sessão.. de descarrego, de desapropriação. me apego ao lápis
que escrevo, ao laço que amarra meu cabelo. me apego, inclusive, ao que não é, ao
peixinho de ouro que desinventei, ao útero no qual não nadei. a minha ideia de você me faz pensar isso, um
desenho de nuvem que se evapora e a impressão teima em parir um elefante, o
mesmo faz a angústia de não te conjugar. e quando tudo é potência de
desencontro, pronto! tô eu pegando o 47 pra ir e voltar. bullshit!! eu não faço
mais que me enganar. NADA me convence. NADA faz mais sentido.
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