segunda-feira, novembro 01, 2004

vislumbre ativo de um corpo em repouso

isso é tudo sobre meu entusiasmo que se esconde atrás das relações, dos dias mal contados, da mudança brusca do tempo e da imagem que se forma através de mim. tenho estado com as palavras na ponta da língua, o ato na ponta dos dedos e num lapso de memória ou outra coisa que retarda os meus sentidos, deixo tudo para depois. espero que amanhã seja tão claro quanto agora eu o programo. pois ele se veste de azul e ouro, reluz as sólidas perspectivas de sons, cheiro e uma leve brisa nos cabelos insinuando alívio. ocupar os dias com a sinopse dos meus sonhos tornou-se obsoleto e andar com as mãos enfiadas nos bolsos vazios é uma idéia para os papéis, personagem de mim que não consta no desenlaçar dos acontecimentos seguintes. pertence a mim a inspiração para tecer o cotidiano e parir com ele as criações dos meus propósitos. esquecer disso e cruzar os braços é deveras mais difícil do que tomar as rédeas do livre arbítrio. a contradição, porém, nos trai a certeza. sempre.
as madrugadas já não me servem mais, somente esta que me espera adiante.

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