domingo, junho 19, 2005
argumento que se posterga
vivo uma certeza rarefeita desmembrando esta noite grave. noite, que baixa, degusta meu sustenido, quase inaudível. nem sustento a razão pelo que é, protagonista tão sem fôlego que sou, impermeada de ar e dia. não rara à minha culpa de indiferença e esquecimento é a incredulidade de que haverá a terra de minha poesia, tardes de vigília ao sol que fala. minha heróica vacilante, queres de ti uma virtude estimada? devo então cobrar-te as agudas funções do teu delírio incessante. e penso eu, à primeira vista é sempre a selva que se desdobra inconsolável, mas deste conteúdo de crepúsculo é feito algo como a água, insípida e brilhosa, dilatando as vias da vertiginosa noite em que vivo a enveredar.
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2 comentários:
Daya, Daya...
Que bom que voltou a escrever!
águas de lindaya impulsionam históricas novidades ao rumpimento de todas as barragens.
voilá, musa.
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