sábado, setembro 26, 2009

uma rosa hereditária

pensar alto a geração segregada entre loucos e sóbrios é a tentativa de temporizar o que a modernidade delegou aos seus... espaço para digerir as relatividades... mas é tudo sinônimo de idade média entre os dentes, quando a fala é pura subjetividade das bactérias que há em nós. faz tanto tempo, mesmo assim... porque a nostalgia é para os fracos, ambição daqueles que sequer vivenciaram o possível, toda uma preguiça da humanidade em ser ela mesma... alguns de seus dias são feriados; outros, puro ócio de consciência. não há nada de errado em nossos alter egos, eles até bem disfarçam que o mundo fora feito no meio das coxas de uma deusa, que entre uma lua e outra se reveza em mãe e puta, e também que, enquanto não está tricotando paixões, molesta aqueles cadáveres que ainda não caíram em descanso. fetiches de deusa... mas os dias também estão em conta de outro agiota: você que passa a década a ser motivo para alguém se creditar... há quantas anda o seu real? ou se basta pelo virtual? você é o gato no muro, observador do placar do cio entre os ratos, longe de se encantar pelo mundo, hiroshima não chegou à sua casa, pois já a tinha vendido para o outro agiota... quando muito, decidimos ser deus entre louco e sóbrio, a querer competir vaidades com aquela deusa que dispensa as muitas cerimônias e grita mais alto porque são dela as fogueiras e os crucifixos onde ardem os mortais. tudo porque você vende seus diplomas para quem acha ou não humano. para alguns a estrada acaba num muro alto, para outros sempre lhes há uma porta para se utilizar daquela chave bem guardada. um dia darwin me perguntou “o que será de nós em, pelo menos, 10 anos?” e eu respondi, “um novo cogumelo...”

2 comentários:

Victor Pessôa disse...

dancei com deus seu tango enigmático...
e hoje, meu deus louco dança loucamente;
mas só hoje...
amanhã, arruma a cama para os sonhos da noite que vem.

Mme. Tormenta Furtacor disse...

seria a deusa enfim mostrando a sua cara de puta, nesse tempo de mãe dormimos crucificados em fogo
e quase nunca enxergamos o lisérgico rebentar