teso o corpo afiado
tece em sangue a réplica
do falar sobre o inevitável
delgado escuro
sob o lençol azul da noite
tingindo
ainda que secretamente
a face da preocupação
de como atravessar o largo rio que se abre à pincelada
vermelha e fora de época
que os morangos já se despedem do inverno
e da boca o entrelace do sim e do não
é só qualquer coisa de maior importância, mas é só
como se atentar estranhamente bem no agora sempre contínuo
no misto de estouro e brisa
decifro-me ou me devoro
Um comentário:
e amanhã, e depois, e no segundo seguinte, com ofoi ontem, será assim, de novo e o mesmo, buscando a novidade, a resposta, o diferente.
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