quarta-feira, novembro 20, 2013
terça-feira, outubro 29, 2013
quarta-feira, outubro 09, 2013
AVE ARCANAS @chacomcamofas
AVE ARCANAS @chacomcamofas from floratomo on Vimeo.
da louca ao mundo, a mulher é movimento no infinito fecundodomingo, outubro 06, 2013
i(a)ncest(r)o
Beralda Valentina e Máximo Salvador teriam sido meus avós,
filhos de pais divorciados e netos de curupiras estrangeiros, seriam esses seus
nomes se eu tivesse filhos, teriam fundado uma cidade de começo, meio e fim, e
ao partirem levariam consigo o nome e as histórias para
contar, de perder a cabeça e pernoitar ao jantar, do tempo levariam um pedaço atento,
arte se come com veneno
que não mata, é sustentoarte se come com veneno
quinta-feira, outubro 03, 2013
quarta-feira, outubro 02, 2013
il faut se taire
c'est la moitié de mon coeur,
quero te dizer coisas sem nexo, the weather is fine, essa canção foi feita por
mim, como se diz eu te amo em português? e sim, sou um simulacro imperscrutável,
cruzo a rua pra não te tocar, quantos vãos ainda posso permitir? até que me canse,
indefesa, e arraste os tantos vãos para alguém. mas esse alguém, já em vão, não
me dá vontade de dizer as coisas de
poesia que ninguém presta atenção, como você. nem tem esses olhos verdes que veem
passando tudo de mim como um gesto de trem, na velocidade de como fugimos das
bombas, correndo para o alcance de onde nada mais te ameace. mas mesmo assim,
quero te contar coisas ao avesso, de como não sou, de como eu não como. como um
gomo de laranja que você chupa não me faz cócegas quando respinga. como a minha
libido não se atenta às árvores pela rua. como me declaro para alguém porque
não sei o que dizer da metade do coração que se foi no trem, o estribilho que
me separa quando amo ninguém. e confundo a porra toda! deixo a porta aberta pra
me contradizer enquanto espero. porque digo muito, e sinto muito por ser essa
nebulosa. nem o cigarro acerta a minha boca, mesmo que a minha boca acerte a
palavra cigarro. il faut se taire, porquanto o labirinto se meça com a linha, milha
por milha e não perco a hora. e a razão, que os remédios são caros e o estado
não paga a minha sessão.. de descarrego, de desapropriação. me apego ao lápis
que escrevo, ao laço que amarra meu cabelo. me apego, inclusive, ao que não é, ao
peixinho de ouro que desinventei, ao útero no qual não nadei. a minha ideia de você me faz pensar isso, um
desenho de nuvem que se evapora e a impressão teima em parir um elefante, o
mesmo faz a angústia de não te conjugar. e quando tudo é potência de
desencontro, pronto! tô eu pegando o 47 pra ir e voltar. bullshit!! eu não faço
mais que me enganar. NADA me convence. NADA faz mais sentido.
quinta-feira, agosto 08, 2013
esfingindo
esfingindo from floratomo on Vimeo.
teso o corpo afiado
tece em sangue a réplica
do falar sobre o inevitável
delgado escuro
sob o lençol azul da noite
tingindo
ainda que secretamente
a face da preocupação
de como atravessar o largo rio que se abre à pincelada
vermelha e fora de época
que os morangos já se despedem do inverno
e da boca o entrelace do sim e do não
é só qualquer coisa de maior importância, mas é só
como se atentar estranhamente bem no agora sempre contínuo
no misto de estouro e brisa
decifro-me ou me devoro
teso o corpo afiado
tece em sangue a réplica
do falar sobre o inevitável
delgado escuro
sob o lençol azul da noite
tingindo
ainda que secretamente
a face da preocupação
de como atravessar o largo rio que se abre à pincelada
vermelha e fora de época
que os morangos já se despedem do inverno
e da boca o entrelace do sim e do não
é só qualquer coisa de maior importância, mas é só
como se atentar estranhamente bem no agora sempre contínuo
no misto de estouro e brisa
decifro-me ou me devoro
quinta-feira, julho 25, 2013
CIDADE JAZIGO: QUARUP SOLO
CIDADE JAZIGO: QUARUP SOLO from floratomo on Vimeo.
“É preciso escovar a História a contrapelo”.
Em tempos de memórias difusas, ontem é hoje.
A cidade-jazigo revolve as covas de Tupinambás, Guaranis, Carijós e Temiminós.
Uma cruz indica o final da estrada, ali jazem os deuses ensanguentados de um antigo urucum.
terça-feira, junho 25, 2013
terça-feira, maio 21, 2013
quarta-feira, abril 10, 2013
idade média nos dentes
o que as pessoas fazem em suas idades médias? eu
costumava inventar demônios para fugir deles, contrariamente ao que a
humanidade fez na sua, na qual os inventava para persegui-los.
terça-feira, abril 09, 2013
desapropriado para insones
há lugares
que só poderemos também encontrar nos sonhos, lugares que pereceram junto às
pessoas, porque o concreto rui como um corpo. e esses dias andaram entre ruínas acontecidas, as
das margens dos eventos antigos, muitos sobrepostos pelo sonho que evidenciava.
estava a observar a minha mão com a impressão de que poderia manipular a mácula
onírica. lançava-me por uma janela; entre as mãos, escondia a carta das línguas
do poeta que tinha o costume de me procurar pelos sonhos. acreditava que aquele
lugar era íntimo meu, e às vezes, via abrigo nele; então, como suportaria a
invasão daquele poeta nos meandros da minha sobrevivência senil? mas isso foi
há muito. hoje, por lugares desabitados, percorro, já estanciando o meu.
segunda-feira, abril 01, 2013
quarta-feira, março 13, 2013
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