sábado, janeiro 29, 2005

adjunto mais que perfeito jazendo em seu leito, o corpo do beijo

quando se torna azul, o contorno dos lábios tende a mover-se num vento e repouso, em espirais de ais e não se contém a olhos abertos, ou variante pensante. se sobressai à luz da razão tocando uniforme e presente o bojo de carne, onda rastejante entre o mudo e o ofegante. ato tenso e suspenso, arraigado fogo de águas transversas, apanhadas de susto e espera. concerne ao paladar viscoso, a tentação dos dentes rentes à sede lenta que se alenta ao eterno afinco, e de acesso permanente. depois limita-se esgotado, o músculo apaixonado, pela melodia incidental do gozo marginal, desencadeado de órbitas venosas em erupção. e sendo azul, deleita e penteia a ânsia de morrer novamente com essa intenção.

Nenhum comentário: