sexta-feira, janeiro 28, 2005

um chamado, cenas em lápis de corpo

não encontrava meio de dizer sobre o que lhe passava pelas idéias. então acreditou que a melhor forma era desenha-lo num sonho, em cores e som estéreo, para ela participar, ao menos, no que envolvia sua própria consciência. depois reportaria sutilmente a um ouvinte, que fosse um desconhecido pela rua a vacilar... tivera ela abdicado de outros desenhos, e se perguntava qual seria a imagem para melhor se recordar de algo que não havia acontecido. sim, acontecera em outros cenários, embora naquele, em que existia no momento, nunca tivesse se deparado com eles, os personagens que não criara. pelo contrário, eles eram de carne e amor. davam suas mãos e dançavam pelas ruas velhas da cidade. era de alegria que bebiam a vontade do outro de estarem assim, casualmente, amando-se numa realidade ansiada, que de vivida tornara-se nostalgia, e como sonho foi revivida enfim.

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