sexta-feira, fevereiro 25, 2005

fragmentista enquanto inteira

não adianta chamar que não escuto... ando de um lado para outro na pauta de outra música, tocando um significado qualquer que não interfira em chamado algum. repito a nota, o acorde, a corda...

acorda e pensa. qual foi a fonte de toda essa fantasia? resume-se à vida que queres ter? desconheço a fôrma que te esculpiu para longe e a essa conduta de te desprender. todo mundo vê, mas ninguém acredita que do cheiro teu sobrará outra fantasia, a do acaso e repetidamente se faz a tua ausência. pois te atropelam por demasiada falta de interesse e o que te pensam não existir está ocorrendo em rápida resolução. verdades virtuais são de grande valia quando a natureza dilui-se em sonho.

assim existo como duas, uma que recebe da outra que dá. troco diferentes sentimentos comigo, à noite enquanto durmo, de dia quando dispenso a ilusão. há um remanejo de existência em cada instante que torno infindo. volto a pensar na condição da fonte, inspiração do espelho, que a tudo oculta senão deforma. e grito só amanhã!

não quero esquecer. de todo o resto eu peço permissão para ludibriar-me quanto a este choro. penso em cantar sozinha um trecho do meu eco.

é tanta poeira que as frases em lá se tornam indecisas quanto o sorriso em si... os abraços, na realidade, são de mágica convicção e nenhuma decisão precipitada irá se adequar em dó.

existem verdades dissolvidas entre raciocínios dispersos que mal eu as reconheço... insaciável desejo meu de expressar o que não sei...

Um comentário:

Anônimo disse...

que lindas sois vós...