ainda é tempo de me derramar na preguiça dos teus quadros, semivertebrados, confiados à penumbra e ao tato de uma seresta incolor... fiz de mim uma aquarela de chuva e no mais, esqueço o verbo e a predileção, encantamentos que me rastreiam em sonho de ordem... e na desordem das águas, me desfaço em traço estendida numa câmara escura sob o olhar de quem me espreita uma janela imóvel, dissolvida no tempo e na razão, mas quando me perpetuas, encontro no vão do sempre algo inominável, de sutil substância que convém aos mortais, e nessa inverossimilhança me pontuo ser de vigília constante e breve em terra além, e nada mais perdura como o intento de uma paisagem escorregadia, me desenhas uma musa de fato, me fias ao outro lado do espelho
terça-feira, outubro 14, 2008
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3 comentários:
é de dinâmica e fluido (de não saberes) que SE faz o desenho da magia emanada - impercebidamente exata; infrequentável; e de profunda intangível prosaica
você escrevendo me lembra Clementine K. Escritoda Russa. A boa e velha [in]existência
Quis ver como se fosse apenas olhos!!
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